“Mas em nada tenho a minha vida por preciosa, contanto que cumpra com alegria a minha carreira, e o ministério que recebi do Senhor Jesus, para dar testemunho do evangelho da graça de Deus. Olhai, pois, por vós, e por todo o rebanho sobre que o Espírito Santo vos constituiu bispos, para apascentardes a igreja de Deus, que ele resgatou com seu próprio sangue. Porque eu sei isto que, depois da minha partida, entrarão no meio de vós lobos cruéis, que não pouparão ao rebanho; E que de entre vós mesmos se levantarão homens que falarão coisas perversas, para atraírem os discípulos após si”. (Atos 20:24,28-30)
Particularmente eu não sei o que estes pregadores e igrejas pensam quando lêem este texto bíblico e tantos outros que poderiam ser mencionados para nossa reflexão. Minha pergunta é: até onde devemos ir para ganharmos pessoas para Jesus? Será que não existe um limite? Será mesmo que em nome da modernização devemos quebrar o princípio regulador do culto prestado a Deus?
Antes de me rotularem de legalista, fariseu, tradicional e tantas outras expressões que muitos proliferam e não sabem sequer seus significados, gosto de muito de rir e sou bem humorado. Porém, acho que tudo tem limite, pois existe uma diferença entre cultuar e entreter o povo. Acredito que precisamos definir qual é o papel da igreja na sociedade e resgatarmos o sentido original de ser igreja, que me parece estar se diluindo com tantos modismos gospel. Muitos irão citar o texto de (I Co 9:22) “Fiz-me fraco para com os fracos, com o fim de ganhar os fracos. Fiz-me tudo para com todos, com o fim de, por todos os modos, salvar alguns”. Será que este texto está sendo interpretado corretamente? Leiam o contexto e vejam o que de fato o apóstolo está abrindo mão.
Os vendilhões do templo continuam iludindo o povo através da cultura do entretenimento e do show business. Pregação que é bom mesmo.... nadinha. E ai daqueles que se levantam contra os “ungidos” do Senhor. São logo rotulados de falsos crentes, não espirituais, fracassados ministeriais, etc. De fato, na lógica do mercado gospel quem não anda de jatinhos viajando para os E.U.A e Europa, tirando férias na Disney, comprando roupas de luxo, só podem ser fracassados mesmos. Assumo, sou um fracassado e não me envergonho disto. O que me entristece são os novos crentes vendo toda essa panacéia e achando que isto é evangelho de Cristo. Um evangelho sem poder, sem unção, sem moral, sem ética e sem valores. Este tem sido o evangelho que infelizmente temos sido alimentados diariamente pelos mercadores da fé.
O mais engraçado no vídeo é o desespero do apresentador do programa que a todo tempo queria apressar o comediante para ir embora. Vendo que o rapaz era o centro das atenções daquele circo, ele deve ter pensado, perdi minha boquinha. Afinal, quanto que este indivíduo não deve ganhar para ser apresentador no templo de faraó e sua trupe? Melhor deixar isso pra lá. Que Deus tenha misericórdia de nós.
Bel. Marco Antônio