“Ainda
uma vez, antes de prosseguir e deitar o olhar para diante, ergo, na minha
soledade, as mãos para ti, em quem me refugio, a quem no mais fundo do coração
consagrei solenemente altares, para que em todos os tempos não cesse de
chamar-me a tua voz. Depois se acende, gravada profundamente, a palavra: ao
Deus desconhecido! A ele pertenço, ainda que entre a turba dos malfeitores eu
tenha até agora permanecido. A ele pertenço, embora sinta os laços que, em meio
ao combate, me puxam para baixo e que, embora eu tente subtrair-me, me arrastam
para o seu serviço. Quero conhecer-te, ó Desconhecido que penetras até o centro
de minha alma, que atravessas minha vida como uma tormenta, incompreensível,
aparentado comigo”.
(F. Nietzsche 1844 – 1900)
Ao
lermos este texto chegamos a duvidar que tenha sido Nietzsche o autor dele. Entretanto,
foi ele mesmo quem disse estas palavras quando tinha aproximadamente 20 anos de
idade. Quando nos deparamos com uma reflexão tão rica vindo de alguém que
chegou a afirmar a “morte de Deus”, nos vem a mente qual seria a razão de homens
e mulheres tornarem-se ateus? Poderíamos conjecturar diversas razões que levam
pessoas das mais diferentes classes sociais a negarem a existência de Deus.
Existe
no ser humano uma sede pelo significado de sua vida. Podemos perceber que nas
mais diversas culturas e povos há uma busca pelo sagrado, pelo divino, pelo
ritual religioso. A pergunta que fica é de onde advém este sentimento? Alguns
céticos e ateus dizem que o homem criou Deus e as divindades. Será? Muitos livros
tem sido escritos sobre este assunto nas últimas décadas e para surpresa de
muitos, Deus não morreu, pelo contrário continua muito vivo em pleno século XXI
a tal ponto das diversas áreas das ciências humanas já admitirem a
possibilidade ou plausibilidade da existência de algo transcendente.
De
acordo com J. J. Rousseau (1712-1778), em seu livro Contrato social, ele
diz que: “nenhum
povo já perdurou ou perdurará sem religião; se não tiver recebido uma crença
religiosa, teria que criá-la para não ser destruído em pouco tempo”. Sendo assim, a Antropologia, a Sociologia, a Filosofia, a
Arqueologia e a História, entre outras ciências, têm demonstrado de forma convincente
que a religião está presente em todas as culturas antigas e modernas.
Na
verdade o ateísmo e seus correlatos nada mais são do que o salmista diz no
salmo 14:1-3: “Disse o néscio no seu coração: Não há Deus. Têm-se corrompido, fazem-se
abomináveis em suas obras, não há ninguém que faça o bem. O SENHOR olhou desde
os céus para os filhos dos homens, para ver se havia algum que tivesse
entendimento e buscasse a Deus. Desviaram-se todos e juntamente se fizeram
imundos: não há quem faça o bem, não há sequer um”. A raiz de todas as
mazelas sociais, existenciais, espirituais, psicológicas e físicas de acordo
com a palavra de Deus chama-se PECADO. O único remédio para este mal é o PERDÃO
dos nossos pecados através do sacrifício de Jesus na cruz do calvário.
De
acordo com este salmo observamos que o ímpio alimenta em seu coração a não existência
de Deus pelo discurso “racional”. Porém, tal negação revela sua incredulidade
que irá afetar sua visão de mundo e seus valores morais/éticos em relação a
tudo. O salmista emprega uma expressão dura ao chamar aqueles que negam a
existência de Deus de insensato. Esta palavra significa louco, quem age com
desatino. Que não sejamos sábios aos nossos próprios entendimentos mais que
nossa mente seja renovada por sua palavra a cada dia. Espero que estes posts
tenham ajudado aqueles que buscam manterem-se fiéis na presença do Senhor.
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