14 de janeiro de 2013

O JESUS DOS INCRÉDULOS - parte III


“Ainda uma vez, antes de prosseguir e deitar o olhar para diante, ergo, na minha soledade, as mãos para ti, em quem me refugio, a quem no mais fundo do coração consagrei solenemente altares, para que em todos os tempos não cesse de chamar-me a tua voz. Depois se acende, gravada profundamente, a palavra: ao Deus desconhecido! A ele pertenço, ainda que entre a turba dos malfeitores eu tenha até agora permanecido. A ele pertenço, embora sinta os laços que, em meio ao combate, me puxam para baixo e que, embora eu tente subtrair-me, me arrastam para o seu serviço. Quero conhecer-te, ó Desconhecido que penetras até o centro de minha alma, que atravessas minha vida como uma tormenta, incompreensível, aparentado comigo”.
(F. Nietzsche 1844 – 1900)
            Ao lermos este texto chegamos a duvidar que tenha sido Nietzsche o autor dele. Entretanto, foi ele mesmo quem disse estas palavras quando tinha aproximadamente 20 anos de idade. Quando nos deparamos com uma reflexão tão rica vindo de alguém que chegou a afirmar a “morte de Deus”, nos vem a mente qual seria a razão de homens e mulheres tornarem-se ateus? Poderíamos conjecturar diversas razões que levam pessoas das mais diferentes classes sociais a negarem a existência de Deus.
            Existe no ser humano uma sede pelo significado de sua vida. Podemos perceber que nas mais diversas culturas e povos há uma busca pelo sagrado, pelo divino, pelo ritual religioso. A pergunta que fica é de onde advém este sentimento? Alguns céticos e ateus dizem que o homem criou Deus e as divindades. Será? Muitos livros tem sido escritos sobre este assunto nas últimas décadas e para surpresa de muitos, Deus não morreu, pelo contrário continua muito vivo em pleno século XXI a tal ponto das diversas áreas das ciências humanas já admitirem a possibilidade ou plausibilidade da existência de algo transcendente.
            De acordo com J. J. Rousseau (1712-1778), em seu livro Contrato social, ele diz que: “nenhum povo já perdurou ou perdurará sem religião; se não tiver recebido uma crença religiosa, teria que criá-la para não ser destruído em pouco tempo”. Sendo assim, a Antropologia, a Sociologia, a Filosofia, a Arqueologia e a História, entre outras ciências, têm demonstrado de forma convincente que a religião está presente em todas as culturas antigas e modernas.
            Na verdade o ateísmo e seus correlatos nada mais são do que o salmista diz no salmo 14:1-3: “Disse o néscio no seu coração: Não há Deus. Têm-se corrompido, fazem-se abomináveis em suas obras, não há ninguém que faça o bem. O SENHOR olhou desde os céus para os filhos dos homens, para ver se havia algum que tivesse entendimento e buscasse a Deus. Desviaram-se todos e juntamente se fizeram imundos: não há quem faça o bem, não há sequer um”. A raiz de todas as mazelas sociais, existenciais, espirituais, psicológicas e físicas de acordo com a palavra de Deus chama-se PECADO. O único remédio para este mal é o PERDÃO dos nossos pecados através do sacrifício de Jesus na cruz do calvário.
            De acordo com este salmo observamos que o ímpio alimenta em seu coração a não existência de Deus pelo discurso “racional”. Porém, tal negação revela sua incredulidade que irá afetar sua visão de mundo e seus valores morais/éticos em relação a tudo. O salmista emprega uma expressão dura ao chamar aqueles que negam a existência de Deus de insensato. Esta palavra significa louco, quem age com desatino. Que não sejamos sábios aos nossos próprios entendimentos mais que nossa mente seja renovada por sua palavra a cada dia. Espero que estes posts tenham ajudado aqueles que buscam manterem-se fiéis na presença do Senhor.
 Marco Carvalho
 


9 de janeiro de 2013

O JESUS DOS INCRÉDULOS - 2


         É impressionante o aumento significativo de pessoas que tem se declarado ateus no Brasil. Basta dar um simples click na internet que iremos acessar os mais diversos sites, blogs, artigos, vídeos e afins, ridicularizando principalmente a fé cristã. Infelizmente muitos “cristãos” têm sido levados por essa onda “intelectual”, principalmente quando entram nas universidades. Este lugar onde deveria ser um espaço para os diversos tipos de pensamento e respeitar-se crenças, valores, e princípios, vemos muitos professores zombando da fé cristã e dos evangélicos. Como muitos dos nossos jovens e adolescentes não estão preparados para estes embates e muitas igrejas não abalizam esta faixa etária para isto, tornamo-nos presas fáceis destas pessoas.
            Para compreendermos um pouco melhor o ateísmo, precisamos distinguir sucintamente os seus pressupostos. Ao contrário dos teístas (aqueles que creêm em Deus), o ateu acredita que não há Deus neste mundo e muito menos no além. Já que os ateus têm muito em comum com os agnósticos e céticos, por isso muitas vezes os confundimos. Para entendermos isso basicamente veja: o cético diz: “Eu duvido que Deus exista”, o agnóstico diz: “Eu não sei” (ou não posso saber) se Deus existe. Porém, o ateu afirma categoricamente que Deus não existe.
            Nesta categoria existem os ateus (práticos) vivem como se Deus não existisse e os ateus (tradicionais) afirmam e tentam provar filosoficamente que Deus nunca existiu. Obviamente que existem muitos outros tipos de ateus. Entretanto, quero me ater nestes dois somente. Este último grupo de ateus usam normalmente dois tipos de argumentos em seus pressupostos. 1) argumentos contra as provas da existência de Deus; 2) argumentos contra a existência de Deus.
            No texto de colossenses 2:8 o apóstolo Paulo diz: “Tende cuidado para que ninguém vos faça presa sua, por meio de filosofias e vãs sutilezas, segundo as tradições dos homens, segundo as tradições dos homens, segundo os rudimentos do mundo e não segundo Cristo”. Neste texto o apóstolo nos exorta sobre ser levado cativo por falsas filosofias. Antes, devemos levar nossa mente cativa a Cristo e adotarmos uma filosofia segundo Jesus Cristo. No próximo post continuaremos falando mais sobre este assunto.
Marco Carvalho