23 de setembro de 2011

Aqui só tem crente pré-pago?

E se crente fosse celular...


CRENTE PRÉ-PAGO: só continua sendo crente se estiver sendo abençoado.

CRENTE TIM: é um crente sem fronteiras, não se importa com os limites estabelecidos para céu e inferno, geralmente, anda a beira do abismo e está com um pé na graça e outro no mundo.

CRENTE VIVO: é o crente de carne e osso, geralmente tem muito mais carne, e é tão vivo que está em todas, desde cultos a baladas.

CRENTE CLARO: é o crente que compartilha cada momento, compartilha todas as bênçãos, se comprou um carro, mesmo que 100% financiado, já posta a foto da “benção” no Facebook, esse crente não gosta de ser provado, então, quando a prova chega ele já avisa todo mundo e pede oração.

CRENTE OI: é o crente sem fidelidade, é o crente sem compromisso, não tem compromisso com sua denominação, doutrinas e nem mesmo com Cristo, por qualquer motivo ele faz portabilidade e migra para outra igreja.

CRENTE CONTROLE: que é aquele que já sabe quanto tempo vai gastar por mês se dedicando a sua vida espiritual, o tempo varia de acordo com a denominação, pois, cada uma tem um tempo de culto, geralmente, o fulano só vai à igreja uma vez por semana, domingos por exemplo.

CRENTE INFINITY: que é aquele que quer se aplicar pouco no início e depois ter benefícios ilimitados pra ficar a vontade o tempo que quiser.

CRENTE-ON: que é aquele quer ter benefícios exclusivos à sua disposição, 24 horas por dia, 7 dias por semana, 365 dias por ano, desde que isso não lhe custe nada.

CRENTE MEU JEITO: é aquele que serve a Deus como bem entende, vai na igreja quando quer, não liga para o que se ensina na igreja e diz que tem uma religiosidade independente de religiões.

CRENTE DIA: é mais crente durante o dia, geralmente tem bom testemunho no trabalho, mas a noite cai na farra.

CRENTE NOITE: é mais crente durante a noite, geralmente, durante os cultos, de dia faz fofoca, cobiça a mulher/homem alheio, fornica, adultera, etc.

CRENTE ESCOLHA: é o crente que vive na dúvida entre ir para a igreja ou fazer outras atividades (ir numa festa, ver a novela, assistir ojogo de futebol, etc).

CRENTE ROAMING: tem dificuldades nas áreas que não são de sua cobertura, geralmente, só atua apenas nos limites dos muros da igreja.

CRENTE SEM SINAL: está sempre indisponível para qualquer atividade espiritual, ele sequer capta os ensinamentos passados em cima do púlpito.


CRENTE DESBLOQUEADO: é o crente de cabeça fraca e que está aberto a tudo, inclusive, pecar sem se culpar.


CRENTE BLOQUEADO: é o crente de cabeça fechada, somente sua igreja está certa, somente seus ministros pregam a verdade, eles jamais visita outras denominações. 

E para finalizar, existe o CRENTE SEM CRÉDITO, não aplica se nadinha, mas espera que sempre continue a receber, por conta disso, recebe o apelido de pai de santo.


Seja um CRENTE PÓS PAGO, ou seja, e não espere nada nesta vida, almeje ser galardoado quando Jesus voltar. 


20 de setembro de 2011

Benny hinn é um bom referencial para os cristãos?

    Diante dos últimos acontecimentos do “mundo gospel” e considerando que Benny Hinn foi citado como um referencial por certo telepregador (não me pergunte o nome dele!), resolvi republicar a minha postagem mais acessada desde 2008. A minha intenção, ao fazer isso, é mostrar porque é perigoso adotar o “cair no poder” como um dos elementos do culto a Deus e considerar o aludido show-man como um modelo.
    Não há no mundo todo um conferencista (conferencista?) tão famoso quanto Benny Hinn. É ele um profeta de Deus, um pregador da Palavra? Ou um falso profeta, um animador e manipulador de auditórios? Suas pregações costumam ter conteúdo evangelístico? Enfocam o nome de Jesus? Como se sabe, o ponto alto de suas ministrações são algumas manifestações estranhas, que ocorrem, segundo ele, devido à “nova unção” que está sobre a sua vida.
    As opiniões sobre a “nova unção” propagada por Hinn são divergentes. Alguns, afirmando que não se pode limitar o poder de Deus, a defendem com veemência. Outros consideram a cena de uma pessoa caída ao chão ou rolando pelo piso de um templo, no mínimo, grotesca. O assunto é polêmico e, por isso, deve ser abordado de maneira franca, objetiva e à luz da Palavra de Deus.

Benny Hinn e o “cair no Espírito”
   As argumentações “bíblicas” para se defender o “cair no Espírito” são as seguintes, resumidamente: “Em Gênesis 2.21, Deus fez Adão dormir. Por que ele não faria, hoje, o crente dormir, ao ser cheio do poder? Da mesma forma, Abraão ouviu Deus falar quando estava em profundo sono (Gn 15.12). Finalmente, Daniel, Saulo e João caíram pelo poder do Senhor (Dn 10.8,9; At 9.4-8; Ap 1.17)”.
    No primeiro exemplo, Deus fez Adão dormir para formar a mulher (Gn 2.22). No caso de Abraão, o sono não foi proveniente de Deus. Ele estava cansado, depois de ficar em pé aguardando uma resposta do Senhor, que veio por meio de uma tocha de fogo (Gn 15.13-21). Nenhum dos episódios, pois, fornece base para o “cair no Espírito”. Aliás, há também exemplos negativos, como o do dorminhoco Êutico (At 20.9), que inclusive estava em um culto...
    As experiências de Daniel, Saulo e João também não proporcionam bons argumentos aos defensores da “nova unção”. Daniel contemplou uma grande visão, depois de jejuar durante três semanas (Dn 10.1-3). Paulo viu uma forte luz, que cegou os seus olhos (At 9.8,9). E João viu Jesus em sua glória (Ap 1.10-18). Nessas circunstâncias, seria mesmo impossível permanecer de pé. Mas eles não perderam a consciência, tampouco foram derrubados.
   Eles caíram por não suportarem a glória do Senhor. Mas as suas quedas foram casos específicos, e não exemplares. Segue-se que os argumentos, baseados nos textos empregados para defender o “cair no Espírito”, são inconsistentes. E, por isso, é importante ver o outro lado da moeda (nota: há outras passagens, analisadas por este editor de blog em outro artigo, publicado no último dia 15, as quais também são usadas indevidamente na tentativa de abonar a manifestação em apreço).
  Segundo a Bíblia, Deus nos quer de pé (Ez 2.1; 11.1; Mc 10.49; Ef 5.14). Em contraposição, quem gosta de lançar as pessoas ao chão é o Diabo (Mc 9.17-27; Lc 4.35). Jesus e seus apóstolos nunca impuseram as mãos sobre pessoas para levá-las ao chão.
    A prática da “queda espiritual” já está ocorrendo em muitas igrejas. Curiosamente, alguns “ministradores” de tal prática, como este articulista já presenciou, seguram as pessoas com uma das mãos na testa e a outra na parte inferior das costas, tornando a queda inevitável. Ora, se a pessoa cai de poder, por que forçar a sua queda? E sempre há obreiros para ampará-las...
     Em seu livro Evangélicos em Crise, Paulo Romeiro combate essa novidade: “O programa Fantástico, da Rede Globo, levou ao ar uma reportagem no dia 16 de abril de 1995 em que mostrou o desenrolar de um culto na igreja Vineyard, de Toronto. As cenas foram grotescas. As pessoas riam histérica e descontroladamente enquanto rolavam no carpete. Um homem se arrastava pelo chão, urrando como um leão” (Mundo Cristão, p. 80).
    Quanto ao “urro do leão” e à “unção do riso”, Romeiro esclarece: “Alguns citam Isaías 5.29 para defender o urro (...) Mas aqui é uma metáfora (...) As pessoas que usam Isaías 5.29 para defender o urro do leão usariam também Isaías 40.31, ‘sobem com asas como águias’, literalmente para tentar sair voando? (...) Para justificar a ‘unção do riso sagrado’, seus defensores citam Gênesis 18.12, em que Sara riu (...) Entretanto, esta passagem nada tem a ver com gargalhada santa. Além disso, Sara riu de incredulidade, uma atitude nada recomendável para o cristão” (idem, pp. 80,81).

Na verdade, tanto o “cair no Espírito” quanto a “unção do riso” são práticas importadas da América do Norte, especialmente dos EUA. Elas foram propagandeadas no Brasil por pregadores show-men (o plural de man é men) como Benny Hinn, recordista em vendagem de livros, que já esteve em terras brasileiras algumas vezes, “ministrando milagres” através de “sopros santos”. Hinn, pastor do Centro Cristão de Orlando, na Flórida (EUA), leva inúmeras pessoas a caírem ao chão supostamente pelo poder de Deus.

Conheça Benny Hinn
   Muitos crentes, por não conhecerem toda a verdade acerca de Benny Hinn, consideram-no um verdadeiro deus. Os fatos descritos abaixo são duras realidades, mas devem ser levados em consideração por aqueles que, cegamente, têm seguido aos ensinamentos de Benny Hinn:

1) Ele declarou que Jesus “... assumiu a natureza de Satanás, para que todos quantos tinham a natureza de Satanás pudessem participar da natureza de Deus”. Esta declaração blasfema é citada no excelente trabalho crítico de Hank Hanegraaff, Cristianismo em Crise, editado pela CPAD (p. 166).

2) Afirmou que o Espírito Santo lhe revelou que as mulheres foram originalmente criadas para dar à luz pelo lado. Todavia, por causa do pecado, passaram a dar à luz pela parte mais baixa de seu corpo (idem, p. 373).

3) Ensina que o homem é um pequeno deus. E afirmou: “Eu sou ‘um pequeno messias’ caminhando sobre a Terra” (idem, p. 119).

4) Afirmou que o homem, em princípio, voava da mesma forma que os pássaros. Segundo ele, Adão podia voar até à lua pela sua própria vontade: “Adão era um superser (...) costumava voar. Naturalmente, como poderia ter domínio sobre as aves, sem ser capaz de fazer o que elas fazem?” (idem, p. 128).

5) Hinn costuma visitar os túmulos de duas santas mulheres, Kathry Kuhlman e Aimee S. McPherson, para receber a “unção” que flui de seus ossos (idem, p. 373).

6) Em seu livro Good Morning, Holy Spirit (p. 56), Hinn afirma que, em uma de suas supostas conversas com o Espírito Santo, o Consolador teria implorado para que ele ficasse em sua presença: “Hinn, por favor, mais cinco minutos; apenas mais cinco minutos”.

7) Ele ensina que a Trindade é composta de nove pessoas, pois o Pai, o Filho e o Espírito Santo possuem, cada um, espírito, alma e corpo (Cristianismo em Crise, p. 375).

8) Ao ser criticado, disse que gostaria de ter “uma arma do Espírito” para explodir a cabeça de seus críticos. Além disso, profere palavras funestas contra aqueles que refutam suas heresias. As ameaças abaixo, extraídas do livro supracitado (p. 376), foram dirigidas ao Instituto Cristão de Pesquisas dos EUA:

“Agora eu estou apontando meu dedo para vocês com o tremendo poder de Deus sobre mim... Ouçam isto! Existem homens e mulheres no sul da Califórnia me atacando. É sob a unção que lhes falo agora. Vocês colherão o que estão semeando em suas próprias crianças se não pararem... E seus filhos e filhas sofrerão” (...)
“Vocês estão me atacando no rádio todas as noites — vocês pagarão e suas crianças também. Ouçam isto dos lábios dum servo de Deus. Vocês estão em perigo. Arrependam-se! Ou o Deus Altíssimo moverá a sua mão. Não toqueis nos meus ungidos...”

9) Hinn concordou em tirar alguns erros do livro Good Morning, Holy Spirit (Bom Dia, Espírito Santo), depois de uma conversa com Hank Hanegraaff (presidente do ICP dos EUA), em 1990. No ano seguinte, admitiu seus erros e prometeu fazer alterações em seus escritos. Entretanto, depois de algumas semanas, retornou às suas velhas práticas (idem, p. 375).

10) Defendendo a teologia da prosperidade, a qual ensina que a pobreza é uma maldição, afirmou que Jó era carnal e mau (idem, p. 103), ignorando o enfático testemunho de Deus acerca de seu servo: “Observaste tu a meu servo Jó? Porque ninguém há na terra semelhante a ele, homem sincero e reto, temente a Deus, e desviando-se do mal”, Jó 1.8.

11) Defensor da falaciosa confissão positiva, declarou: “Nunca, jamais, em tempo algum, vão ao Senhor e digam: ‘Se for da tua vontade...’ Não permitam que essas palavras destruidoras da fé saiam da boca de vocês”. (idem, p. 295). Hinn ignora o fato de o próprio Cristo ter ensinado e empregado tal forma de oração (Mt 6.10; 26.39).

Diante do exposto, é Benny Hinn um profeta de Deus? Antes de responder a essa pergunta, leia Mateus 7.15-23. Bem, agora é com você: reflita e responda, com toda sinceridade e imparcialidade, à pergunta em apreço.

Ciro Sanches Zibordi
http://cirozibordi.blogspot.com/2011/09/benny-hinn-e-um-bom-referencial-para-o.html

14 de setembro de 2011

A origem de Satanás - parte 3

     O nome "Satanás" é uma representação da palavra hebraica satan, significando aquele que é acusador no sentido legal. Ou seja, um queixoso que tem uma acusação a apresentar diante de um tribunal ou de alguém.
      Em Zc 3:1 lemos — Deus me mostrou o sumo sacerdote Josué, o qual estava diante do Anjo do SENHOR, e Satanás estava à mão direita dele, para se lhe opor.
Ou seja, Satanás se opõe a nós, trabalha contra nós, ou "nos persegue", na tentativa de nos derrotar espiritual e moralmente. Neste sentido, Jesus chamou Satanás de homicida e de mentiroso, conforme está em Jo 8:44.
     Em Ap 12:9, João retrata Satanás como um grande dragão, uma representação que ressalta a sua natureza terrível. Esse mesmo verso identifica Satanás, também, como a serpente, numa referência a Gênesis 3, e como o diabo, que é outro nome bíblico comum para ele. Talvez, 1 Pe 5:8 nos diga o que mais precisamos saber a respeito de Satanás — O diabo, vosso adversário, anda em derredor, como leão que ruge procurando alguém para devorar.
      Agora, reparem, a ênfase bíblica está no que Satanás é em relação a nós, ou seja, um inimigo. Algumas pessoas, entretanto, pensam que certos textos bíblicos nos dizem como Satanás veio a se tornar assim. 

13 de setembro de 2011

A origem de lúcifer tem base bíblica? parte 2

       Dando continuidade a origem de Lúcifer. Vamos continuar analisando o texto de Isaías 14:12-15. Nesta passagem encontramos um problema na tradução do nome de Lúcifer, o que acabou gerando uma grande confusão na interpretação deste texto. 
Podemos observar que o termo que a Vulgata e outras traduções utilizam para traduzir lúcifer, só aparece uma única vez em toda a escritura. E é justamente neste texto do profeta Isaías. A tradução Lúcifer significa de acordo com os léxicos: "luz da alva", "luz da manhã", luzeiro da manhã", estrela da manhã". Então, a princípio, este termo não é um nome próprio, apenas uma expressão simbólica, figurativa.
      O que ocorre é que a tradução da Vulgata Latina de São Jerônimo que foi escrita em Latim, usa a expressão "luz da manha" que no latim é traduzida pela palavra lúcifer. Só isso e nada mais. Então, meus amados irmãos e irmãs, lúcifer NÃO significa o coisa ruim, capeta, chifrudo, etc. Apenas "brilhante", "luzeiro". Fomos nós ao longo da história que interpretamos erroneamente e não a palavra de Deus que nunca falha.
O contexto da profecia de Isaías não nos diz nada sobre a Queda de Lúcifer. A profecia é enviada contra o Rei da Babilônia que havia capturado a nação de Israel, e que também dominava boa parte do mundo de então. Basta tão somente lermos todo o capítulo mencionado. 
       Vamos analisar um outro texto muito utilizado para se referir a queda de Satanás. O texto que encontramos em muitos manuais de teologia é o de Ez 28:11-19. Acompanhe na sua Bíblia e vamos juntos desmistificar essa confusão. Observemos o texto
 “Veio a mim a palavra do SENHOR, dizendo: Filho do homem, levanta uma lamentação sobre o rei de Tiro, e dize-lhe: Assim diz o Senhor DEUS: Tu eras o selo da medida, cheio de sabedoria e perfeito em formosura. Estiveste no Éden, jardim de Deus; de toda a pedra preciosa era a tua cobertura: sardônia, topázio, diamante, turquesa, ónix, jaspe, safira, carbúnculo, esmeralda e ouro; em ti se faziam os teus tambores e os teus pífaros; no dia em que foste criado foram preparados. Tu eras o querubim, ungido para cobrir, e te estabeleci; no monte santo de Deus estavas, no meio das pedras afogueadas andavas. Perfeito eras nos teus caminhos, desde o dia em que foste criado, até que se achou iniqüidade em ti. Na multiplicação do teu comércio encheram o teu interior de violência, e pecaste; por isso te lancei, profanado, do monte de Deus, e te fiz perecer, ó querubim cobridor, do meio das pedras afogueadas. Elevou-se o teu coração por causa da tua formosura, corrompeste a tua sabedoria por causa do teu resplendor; por terra te lancei, diante dos reis te pus, para que olhem para ti. Pela multidão das tuas iniqüidades, pela injustiça do teu comércio profanaste os teus santuários; eu, pois, fiz sair do meio de ti um fogo, que te consumiu e te tornei em cinza sobre a terra, aos olhos de todos os que te vêem. Todos os que te conhecem entre os povos estão espantados de ti; em grande espanto te tornaste, e nunca mais subsistirá”.
       Ao lermos este texto, podemos identificar logo de cara que o mesmo é rico em figuras e símbolos. O texto se refere apenas ao Rei de Tiro e não não a Lúcifer, Satanás, ou a sua queda. algumas razões do porque o REi de Tiro se achava um Deus. 1º sua cidade era a mais notável das cidades fenícias; 2º Eles adoravam muitos deuses; 3º Era uma cidade muito fértil; 4º tinha um comércio gigantesco conforme podemos perceber no capítulo 27, entre outras características. Se ignorarmos o contexto da passagem, iremos cometer o mesmo erro em relação ao texto de Isaías 14. Se lermos atentamente dos versos 1 ao 8, iremos identificar que a profecia está se referindo ao Rei de Tiro e da atitude do seu coração diante de todo o seu poderio.
      A idéia de um monte santo de Deus, era na verdade o "assento do REi de Tiro". Até porque através da arqueologia e da história conseguimos identificar que este Rei construiu sua fortaleza em uma ou duas ilhas rochosas do mediterrâneo. Continuamos no próximo encontro. Fiquem na paz!


Marco Carvalho


 






9 de setembro de 2011

A origem de Lúcifer - parte 1

   
    Quem já ouvir em algumas pregações que o pecado que derrubou Lúcifer foi o pecado da inveja? Que ele quis tomar o lugar de Deus e ser igual a Deus? Todos nós já opuvimos sobre isso. Ao ouvir isso a pergunta que vem a minha mente é a seguinte: Onde isto está escrito na Bíblia? Vamos analisar alguns "textos" que provam isto. O primeiro e talvez o mais utilizado seja o de Isaías 14:12-15 que diz: "Como caíste desde o céu, ó estrela da manhã, filha da alva! Como foste cortado por terra, tu que debilitavas as nações! E tu dizias no teu coração: Eu subirei ao céu, acima das estrelas de Deus exaltarei o meu trono, e no monte da congregação me assentarei, aos lados do norte. Subirei sobre as alturas das nuvens, e serei semelhante ao Altíssimo. E, contudo, levado serás ao inferno, ao mais profundo do abismo!”
    Não é necessário muito esforço para compreendermos que neste texto não há nenhuma menção a anjo caído como popularmente imagimanos. Se lermos o capítulo 14 todo conseguiremos identificar que o texto na verdade se refere apenas a um Rei, ímpio e perverso. A questão é que algumas traduções seguindo a Vulgata, tradução dos católicos romanos trazem "estrela da manhã" como Lúcifer. E como já se popularizou em nossa mentalidade cristã que Lúcifer é o coisa ruim. Pronto! Foi instalada a confusão. No próximo encontro continuo analisando este texto e outros. Até breve.

Marco Antônio

A origem de Lúcifer tem base bíblica?

         Um dos assuntos que mais geram dúvidas na mente dos evangélicos é a origem de Satanás. O meu intuito em primeiro lugar é saber qual a opinião de vocês sobre o assunto. Então escrevam e coloquem a opinião de vocês. Depois estarei postando um estudo sobre este tema. Até breve!

2 de setembro de 2011

O endeusamento do estado laico

         
         O Conselho Nacional de Justiça, examinando alguns pedidos para que fosse determinada a retirada de objetos religiosos dos recintos do Poder Judiciário, decidiu indeferí-los, atribuindo aos juízes de 1º, 2º, e 3º graus a decisão de manter os crucifixos nas salas de audiência e de Tribunais.
De rigor, o crucifixo não representa apenas o reconhecimento da presença de Deus, para os que Nele acreditam. Representa, também, para os que não acreditam, a lembrança do mais injusto julgamento da história, inspirando os magistrados a ser justos e defensores do princípio do devido processo legal, com amplo direito à defesa e imparcialidade nos julgamentos. Não quero, todavia, comentar a decisão do CNJ, mas apenas, na linha de brilhante trabalho que li, do professor William Douglas, lembrar que, os que não crêem em Deus Criador do Universo, substituem-no pelo Deus Estado, como Robespierre pretendeu fazer, ao criar a Deusa Razão, provocando, à época, o maior banho de sangue da história francesa, com julgamentos populares não presididos por magistrados.
         O pedido de retirada dos objetos partiu, de rigor, de alguns membros do Ministério Público – tenho conversado com inúmeros integrantes do MP federal e do MP estadual que não concordam com essa iniciativa – instituição à qual a Constituição Brasileira de 88, da mesma forma que E.C. n. 1/69, atribuiu o papel – menos relevante, no passado e mais relevante, no presente – de guardião da lei e da cidadania. Ora, o perfil constitucional desenhado para o Ministério Público, o foi sob “a invocação de Deus”, na E.C. n. 1/69, e “sob a proteção de Deus”, na C.F./88. Não deixa, portanto, de ser, no mínimo, curioso que aqueles a quem, sob a proteção de Deus, foram atribuídas as relevantes funções que hoje exercem, na sociedade brasileira, estejam a pleitear a retirada dos símbolos do divino do cenário em que atuam…
         É como se o Estado estivesse abolindo Deus “sob a proteção de Deus”, já que, no preâmbulo da Constituição de 1988, conformadora do Estado brasileiro, lê-se: “nós, os constituintes, promulgamos esta Constituição, sob a proteção de Deus”. Tirante as contradições em que incorrem alguns membros do MP, é de se lembrar que a maioria da população brasileira acredita em Deus. Tanto é assim que já houve políticos apontados como vencedores nas pesquisas eleitorais, que perderam as eleições simplesmente por admitirem não acreditar em Deus. Tentar, a flagrante minoria do povo, impor padrões comportamentais à sociedade, a pretexto de o Estado ser laico, é, à evidência, pretender exercer a ditadura da minoria.
         Não é de se esquecer que o próprio conceito de Estado laico exterioriza conceito de liberdade para que as pessoas tenham suas convicções e respeitem as convicções dos outros. Eliminar a tradição de manter crucifixos nas repartições públicas – que reflete o sentimento da maioria da população – sob a alegação de que o Estado laico não permite manifestações religiosas, é, de rigor, uma forma de externar a intolerância religiosa, como se tradicionais manifestações públicas de religiosidade e de respeito ao Deus do Universo fossem ofensivas ao “Deus-Estado”, merecedor de culto exclusivo. Vale a pena, sobre a matéria, ler o diálogo “Sobre o livre arbítrio” de Agostinho.
         Decididamente, até em respeito ao que consta do prólogo da Constituição, promulgada “sob a proteção de Deus” – como salientou o CNJ, em sua decisão – é de rigor que continuemos vivendo num Estado que preserva suas tradições e assegura a liberdade das pessoas de acreditar ou não em Deus.
O Jurista Dr. Ives Gandra da Silva Martins, Professor Emérito das Universidades Mackenzie, UNIFMU e da Escola de Comando e Estado Maior do Exército, Presidente do Conselho de Estudos Jurídicos da Federação do Comércio do Estado de São Paulo e do Centro de Extensão Universitária – CEU. Site: www.gandramartins.adv.br

FONTE: Revista Jus Vigilantibus

1 de setembro de 2011

Pr. Renato Vargens fala sobre os artistas e o movimento gospel.

        
         Se não bastassem os altos cachês cobrados pelos artistas do denominado movimento "gospel", é comum observarmos que boa parte destes, trazem no bojo de suas apresentações inúmeras exigências contratuais, que vão da hospedagem em um hotel 05 estrelas, a um camarim recheado de frutas tropicais, alimentação requintada e bebidas especializadas. Junta-se a isso, o fato de que muitos cantores evangélicos, exigem a contratação de seguranças e carros blindados, cujo objetivo final é não permitir com que os "fãs" se aproximem do artista e do seu staff.
         Caro leitor, lamentavelmente temos visto muita gente boa vendendo a alma para as gravadoras e rádios, negociando conceitos e valores, abandonando suas vocações e chamado cristão, pagando assim um preço altíssimo pela fama e o sucesso.
         Sinceramente este mercado gospel me enoja! O simples fato de saber que homens e mulheres em nome de Deus se tornaram "artistas gospel" mercadejando a mensagem da Salvação Eterna, me deixa escandalizado. Confesso que não suporto mais ver a paganização do cristianismo, nem tampouco a comercialização da fé. Infelizmente em nome de Cristo, os chamados artistas de Deus se perderam no caminho, optando por atalhos que definitivamente os afastaram do centro da vontade do Senhor.
         Diante do exposto pergunto: Qual a diferença dos chamados artistas gospel para os artistas seculares? Ambos não cobram cachês? Qual a diferença das músicas cantadas? Ambas não são para entretenimento do ouvinte? Qual a diferença entre seus fãs clubes? Ambos não adoram seus ídolos? E quanto as suas canções? Não são ambas antropocêntricas? Ora, vamos combinar uma coisa? Esta historia de artista gospel é uma verdadeira vergonha. Afirmar que seus shows fazem parte de um ministério cristão é no mínimo afrontar o conceito bíblico de serviço.
         Ah! Que saudade da boa música, ministrada, cantada, com unção, cujo interesse era simplesmente engrandecer o nome de Deus! Que saudade, do louvor apaixonado, que brotava do peito dos adoradores como um grito de paixão e amor.
      Definitivamente a coisa está feia! Minha oração é que o Senhor nosso Deus nos reconduza a sala do trono e que lá possamos adorá-lo integralmente entendendo assim, que a glória, o louvor, a soberania pertence exclusivamente a Ele.

Pense nisso!