14 de junho de 2011

Um convite a rendição e não ao apego!


Cada vez que leio as Escrituras, fico profundamente desapontado com o estilo de vida que nos tem sido apresentado como modelo de espiritualidade cristã atualmente. Acredito que precisamos gerar dentro de nós um coração agradecido pela simplicidade que Cristo nos dá e a liberdade que gera vida no nosso coração.
Gosto da imagem de Jesus sempre sentado com pessoas dos mais diferentes mundos. Ele sabia ambientar o universo de cada ser e penetrar em nosso âmago e descortinar os véus que teimam em fazer-nos separados de sua graça maravilhosa. Ninguém na história da humanidade soube entender o ser humano tanto quanto Ele, ninguém amou tanto quanto ele, ninguém se doou mais do que ele e por isso devemos nos render àquele que nos ouve mesmo quando nos falta a fala e só sussurramos de forma não audível.
Precisamos resgatar a proposta inicial de espiritualidade apresentada por Jesus e um estilo de vida descentralizador e menos focado nas coisas e valorizando a dignidade humana em sua integralidade. Num mundo onde o apego às coisas tem sido tão valorizado, a tal ponto de perdemos nossos sentidos na busca pelo prazer imediatista e escravizador que vivemos, as respostas para esses males nos parecem simplórias demais para se acreditar que o desapego é possível. Não é uma tarefa fácil de realizar, ainda que seja meio paradoxal e utópico, creio que o estilo de vida simples é um diferencial no seguimento de Jesus.
Temos que aprender a arte do desapego que Jesus fazia e que enchia os corações de homens e mulheres que encontravam Nele as respostas para as questões últimas da vida. As perplexidades da alma eram desnudadas perante a capacidade que Cristo tinha em convidar-nos a brindar com Ele o novo nascimento e uma mudança de mente. Em uma cultura onde o ter é mais importante do que o ser, somos desafiados pelo Artesão da vida a pautar-nos na simplicidade e olharmos para o mundo como uma grande estrada que precisa ser percorrida, e nela, ainda que encontremos alguns obstáculos possamos não abrir mão daquilo que é essencial para os discípulos de Cristo que é sua graça, perdão, amor e gratidão imensurável.
Marco Carvalho

2 comentários:

  1. Marco.

    Realmente, o desapego é uma arte. A simplicidade do Cristo no pastoreio é um desafio. A espiritualidade cristã traz liberdade e a leitura do seu texto nos motiva a aceitar o convite diário do Mestre à viver uma espiritualidade genuína. Que Deus te abençoe muito. Parabéns!!!Cristiane

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  2. Minha linda! Obrigado pelas palavras de incentivo e encorajamento. Que sejamos edificados por Cristo no nosso viver Cristão! Bjus.

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