17 de agosto de 2011

Cristianismo sem o Cristo é ilusionismo

          O que tem acontecido com as igrejas brasileiras? Minha indagação provém de algumas leituras e por constatação visível da situação atual de nossas igrejas. Digo isto porque sempre me deparo com algumas mensagens em nosso meio que em nada exalam a beleza do verbo encarnado.
            Vivemos um tempo de igreja em que se pregar sobre condenação, julgamento, justificação, arrependimento e outros assuntos importantes na vida cristã estão sendo cada vez mais negligenciados dos púlpitos. Hoje vivemos os que os estudiosos chamam de “deísmo moralista terapêutico”. Resumidamente, significa a idéia de um Deus que salva todos aqueles que são bons, corretos e sinceros de coração em suas atitudes nesta terra. O que mais importa é sentir-se bem e feliz consigo e com os outros. A concepção de um Deus pessoal não existe, a não ser quando eu preciso de alguma intervenção divina para resolver querelas da minha vida.
         Parece algo absurdo dizer que as igrejas hoje estão assim também. Por incrível que pareça não é nenhum absurdo. O que se tem observado de vários púlpitos é justamente a idéia de um Deus que só serve para nos abençoar e resolver questões particulares de minha vida e nada mais. Não preciso me relacionar com este Deus em sua profundidade, pois aprendendo a fazer o ritual “mágico” que alguns “pastores” ensinam, posso conseguir todas as benesses celestiais.
         É um cristianismo sem Cristo e cada vez mais humanista e centrado no ser humano. As nossas pregações giram em torno da clientela que tem sido cada vez mais exigente e cada vez mais alienada também. Não falam mais da cruz de Cristo, do pecado, da mudança de mente e da eternidade. Temos nos preocupado somente com o agora. Isto tem sido a tônica dos sermões das mais variadas igrejas em nosso país.
         O transcendente só serve para ser manipulado pelos fiéis com o único intuito de não deixá-los sofrer e sempre serem vencedores. Esta não é a verdadeira mensagem de Jesus. Aliás, o foco da mensagem há tempos tem deixado de ser cristocêntrica para tornar-se antropocêntrica. Quantas vezes você se sentiu num consultório clínico do que em um culto a Deus? Os cultos parecem mais com terapia de grupo (como posso ser feliz) do que com o sacrifício e ressurreição de Jesus. As vicissitudes da vida é que tem orientado a agenda da igreja e dos “pregadores” contemporâneos.
            Infelizmente o que temos acompanhado com muita tristeza nas igrejas, é que existem pregadores mais interessados em manter cativos seus fiéis aos seus ministérios do que fiéis ao Senhor Jesus. São mensagens que massageiam nosso ego e que em nada revelam a grandeza do evangelho de Cristo. Que voltemos ao evangelho puro e simples. Paz para todos e todas!
Marco Carvalho

2 comentários:

  1. onde eu assinO?
    Precisa mais falar nada,
    tÁ tudo aí...

    isso aí pra mim é desabafO...
    muito inteligente por sinal

    smack
    (nate)

    ResponderExcluir
  2. Olá! Que isso. rsrs. Infelizmente é o que o que tenho percebido há muito tempo nas igrejas. Lamentável.

    Fica na paz!

    ResponderExcluir