Jesus
partiu com seus discípulos para os povoados de Cesaréia de Filipe e, no
caminho, perguntou a seus discípulos: “Quem dizem os homens que eu sou?” Eles
responderam: “João Batista; outros, Elias; outros, ainda, um dos profetas”. “E
vós”, perguntou ele, “quem dizeis que eu sou?” Pedro respondeu: “Tu és o
Cristo”. Então, proibiu-os severamente de falar a alguém a seu respeito.
(Mc
8,27-30).
Esta narrativa no evangelho de
Marcos é de suma importância para nós cristãos, que alcançados pela graça somos
desafiados diariamente a respondermos uma simples e crucial pergunta: Quem é
Jesus? Parece uma resposta óbvia. Entretanto, neste relato podemos observar que
mesmo andando com Jesus os discípulos ainda não haviam compreendido quem era
aquele homem que andava com eles. Penso que aqui seja o ponto de tensão de
muitos daqueles que se dizem seguidores de Jesus acabam se perdendo.
Quem nunca viu alguém usando uma
camisa onde o rosto de Jesus faz uma alusão ao líder revolucionário Ernesto Che
Guevara? Não é incomum vermos cristãos com camisas, bottons, bonés com o
símbolo comunista junto com a cruz. O que será que isto significa? Não entrarei
em questões políticas por não ser meu foco de análise, mas, fica uma pergunta:
Jesus e Che Guevara tem algo em comum? Deixo essa para vocês.
O que pretendo destacar é que é
possível que você esteja equivocado sobre quem é Jesus e o que ele veio
realizar aqui na terra. Muitos livros são escritos sobre Jesus. Ele já foi
apresentado como filósofo, psicólogo, milagreiro, monge, economista,
revolucionário, etc. Alguns teólogos liberais apresentaram um Jesus histórico
que é diferente segundo eles do Jesus da fé. Interessante é que esse Jesus
histórico a cada ano que passa se torna inacabado e precisa ser reformulada a
cada “nova descoberta”. Porém, o que as escrituras dizem sobre Jesus?
Neste relato do evangelho é interessante
notarmos que Jesus faz uma pergunta para os de fora e outra para os seus discípulos.
Os da multidão apresentaram um Jesus com diversas facetas. O que chama a atenção
no texto é que Jesus é comparado com pessoas muito boas do Antigo Testamento. Isso
deve ser um alerta para nós cristãos. Nem sempre aquilo que dizem a nosso respeito
reflete a realidade. Apesar de terem sido homens proeminentes e cheios do Espírito
de Deus, Jesus não aceitou ser mais um profeta. Ele era o Cristo, o Ungido, isto
é, alguém que foi capacitado para realizar coisas extraordinárias. Desta maneira,
Jesus foi o único. Ele era o ungido e não um ungido.
As igrejas precisam saber quem foi Jesus e sua
obra no propósito eterno de Deus para que não sejamos levados por falsos profetas.
Muitos têm apresentado um Jesus diferente das escrituras sagradas. No próximo post
falarei sobre as controvérsias sobre a pessoa de Jesus na história.
Pr. Marco Antônio Carvalho
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