2 de outubro de 2013

Jesus e os revolucionários do século XXI – parte 2

 Jesus partiu com seus discípulos para os povoados de Cesaréia de Filipe e, no caminho, perguntou a seus discípulos: “Quem dizem os homens que eu sou?” Eles responderam: “João Batista; outros, Elias; outros, ainda, um dos profetas”. “E vós”, perguntou ele, “quem dizeis que eu sou?” Pedro respondeu: “Tu és o Cristo”. Então, proibiu-os severamente de falar a alguém a seu respeito.
 (Mc 8,27-30).
            Esta narrativa no evangelho de Marcos é de suma importância para nós cristãos, que alcançados pela graça somos desafiados diariamente a respondermos uma simples e crucial pergunta: Quem é Jesus? Parece uma resposta óbvia. Entretanto, neste relato podemos observar que mesmo andando com Jesus os discípulos ainda não haviam compreendido quem era aquele homem que andava com eles. Penso que aqui seja o ponto de tensão de muitos daqueles que se dizem seguidores de Jesus acabam se perdendo.
            Quem nunca viu alguém usando uma camisa onde o rosto de Jesus faz uma alusão ao líder revolucionário Ernesto Che Guevara? Não é incomum vermos cristãos com camisas, bottons, bonés com o símbolo comunista junto com a cruz. O que será que isto significa? Não entrarei em questões políticas por não ser meu foco de análise, mas, fica uma pergunta: Jesus e Che Guevara tem algo em comum? Deixo essa para vocês.
            O que pretendo destacar é que é possível que você esteja equivocado sobre quem é Jesus e o que ele veio realizar aqui na terra. Muitos livros são escritos sobre Jesus. Ele já foi apresentado como filósofo, psicólogo, milagreiro, monge, economista, revolucionário, etc. Alguns teólogos liberais apresentaram um Jesus histórico que é diferente segundo eles do Jesus da fé. Interessante é que esse Jesus histórico a cada ano que passa se torna inacabado e precisa ser reformulada a cada “nova descoberta”. Porém, o que as escrituras dizem sobre Jesus?
            Neste relato do evangelho é interessante notarmos que Jesus faz uma pergunta para os de fora e outra para os seus discípulos. Os da multidão apresentaram um Jesus com diversas facetas. O que chama a atenção no texto é que Jesus é comparado com pessoas muito boas do Antigo Testamento. Isso deve ser um alerta para nós cristãos. Nem sempre aquilo que dizem a nosso respeito reflete a realidade. Apesar de terem sido homens proeminentes e cheios do Espírito de Deus, Jesus não aceitou ser mais um profeta. Ele era o Cristo, o Ungido, isto é, alguém que foi capacitado para realizar coisas extraordinárias. Desta maneira, Jesus foi o único. Ele era o ungido e não um ungido.
 As igrejas precisam saber quem foi Jesus e sua obra no propósito eterno de Deus para que não sejamos levados por falsos profetas. Muitos têm apresentado um Jesus diferente das escrituras sagradas. No próximo post falarei sobre as controvérsias sobre a pessoa de Jesus na história.
Pr. Marco Antônio Carvalho

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