12 de agosto de 2013

Os perigos do "Estado Laico"

 
    Um dos temas mais recorrentes nas redes sociais, mídias eletrônicas, jornais, rádios e revistas tem sido a questão do Estado laico. O que tem me impressionado nestas discussões é a repetição sistemática de que o Brasil é um Estado laico e que por isso a religião (a cristã, diga-se de passagem) não deve opinar sobre nada na sociedade. Já ouviram aquela historinha de que de tanto repetir uma mentira ela se torna verdadeira? Pois é, o que estamos vendo é justamente isto. Os propagadores do estado laico não suportam o contraditório e muito menos a fé cristã, já que ela é a última coisa que ainda põe limites de ordem moral e ética nos indivíduos. Uma sociedade sem regras e limites está sujeita ao que o Pedro Bial (aquele do "na moral") disse no último programa: Que tal ser fiel ao desejo?. Se cada um de nós seguirmos o desejo do nosso coração fatalmente seremos levados a degradação humana em nome desse tal Estado laico. Entretanto, o "Estado laico" tem se tornado um deus e como todo o falso deus, ele se torna um ídolo que escraviza a alma que conduz a todo tipo de imoralidade e engano que acaba seduzindo e encantando os ouvidos como num canto da sereia. As sagradas escrituras já nos adverte sobre isto quando o apóstolo João diz: "Pois tudo o que há no mundo - a cobiça da carne, a cobiça dos olhos e a ostentação dos bens - não provém do Pai, mas do mundo." (1 Jo 2:16).
     Afirmo categoricamente que o desejo do coração humano é corrupto em essência e que a tendência natural é de satisfazermos nossas vontades e anseios. O texto em ocasião reflete três áreas da vida humana em que todos nós somos atingidos independentemente da classe social, etnia, gênero. A cobiça da carne: a ideia do texto é um desejo desenfreado que temos devido a nossa natureza decaída e que não glorifica a Deus. Um texto que demonstra esta situação é o de Gálatas 5:19-21. A cobiça dos olhos: é o desejo de contemplar aquilo de agrada aos olhos ainda que seja proibido. É a ambição do ter ao invés do ser. Um texto que reflete bem isso é Gn 3:6. E por último, a ostentação dos bens: Em outras traduções vem a expressão soberba. Nada mais do que o desejo de ter posição e de querer ficar acima dos outros. Já dizia o sábio: "O orgulho leva a pessoa à destruição, e a vaidade faz cair na desgraça" (Pv 16.18).
      O primeiro a fazer a separação entre religião e Estado foi Jesus quando disse: "Então, dêem a César o que é de César e a Deus o que é de Deus" (Mateus 22:21). O ponto em questão é que Jesus vai ao cerne da questão ao tratar desta questão. Ele aponta para o real problema que não são as desigualdades, as injustiças, a corrupção e tantas outras mazelas que afligem o ser humano. Obviamente que não estou dizendo que tais coisas não sejam problemas sérios, mas estes são os sintomas de algo muito maior que se chama PECADO. Enquanto depositarmos nossa esperança em César (Estado/Homem) não veremos as reais transformações que só podem ser geradas pela pregação do evangelho. Ao longo da história vemos que os Césares da vida exerceram muita influência (boa ou má) nas sociedades pois tal sistema revela apenas a nossa natureza decaída e rebelde diante de Deus. Por isso, ela é injusta, perversa, corrupta, imoral e imperfeita. Diante disto, não transformemos o "Estado laico" em um deus para darmos glória a César ao invés de Deus. Que o senhor ilumine nossas mentes e corações.

Pr. Marco Antônio Carvalho

Nenhum comentário:

Postar um comentário