12 de julho de 2011

Oração: Refúgio da alma! - parte 1

“Pai nosso que estás nos céus, santificado seja o teu nome”. Mt. 6:9
         Neste relato encontramos um “modelo” de oração que foi ensinada por Jesus enquanto ensinava a multidão no conhecido sermão do monte. O que Jesus estava tentando ensinar os seus ouvintes na época e o que nós podemos extrair para nosso crescimento em pleno século XXI? Alguns vêem na oração de Jesus uma espécie de ritual mágico onde seguindo todos os passos conseguiremos todas os benefícios celestiais. Contrariando esse pensamento, somos convidados por Cristo a nos relacionarmos profundamente com Deus através da oração.
         Num mundo onde somos levados a pensarmos somente em nós mesmos, o caminho proposto por Jesus difere em muito do que pensavam seus ouvintes e muitos de nós ainda hoje. Jesus ressalta fortemente, através deste sermão, uma íntima relação dos seus discípulos com um Deus pessoal, presente e real. Podemos observar algo interessante na oração ensinada por Jesus. Encontramos nela uma mudança e quebra de paradigmas no relacionamento humano com seu Criador. Nos tempos de Jesus, os grupos religiosos criaram um ritual e um jugo muito pesado sobre as pessoas que quisessem aproximar-se de Deus.
         Hoje encontramos estes mesmos grupos transvertidos de uma aparência de espiritualidade em nossas igrejas. Criam diversos atalhos para chegarmos ao Senhor e nos apresentam uma oração sem vida e sem relevância alguma. São meras palavras lançadas ao vento que se perdem como a água entre os dedos. Não há substância em suas orações e por isso Deus as rejeita.
         Nossas orações devem engrandecer a Deus como louvor e gratidão por tudo o que ele é. E neste relacionamento entre criatura e Criador devem existir intimidade e maturidade de homens e mulheres que se achegam a Ele para buscarem sentido em suas existencialidades, e assim, nos quebrantarmos ante sua face e mergulharmos neste rico oceano que é a vida de oração. Nesta vida muitas vezes sem sentido, é onde encontramos o transcendente se manifestando no imanente para preencher o existente. Que sejamos inundados pelo Espírito e tenhamos nossos corações transbordados pela graça de Deus. Amém.
Marco Carvalho

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