“Porque todo aquele que invocar o nome do Senhor será salvo. Como, pois, invocarão aquele em quem não creram? e como crerão naquele de quem não ouviram? e como ouvirão, se não há quem pregue? E como pregarão, se não forem enviados?” (Rm.10:13-15a).
Quem disse que a ordem dos fatores não altera o produto? Pelo menos, nesta equação paulina, sim. A ordem proposta pelo apóstolo é: Enviar, pregar, ouvir, crer, invocar, salvar. Alguém precisa ser enviado para pregar, a fim de que outros ouçam, creiam, invoquem e sejam salvos. Não há como reverter este processo. E é aqui que harmonizamos o “ide” e o “vinde” de Jesus. Quem atendeu ao vinde, tem que atender ao ide, para que tantos outros igualmente venham e sejam salvos.
Esta simples equação resume o que chamamos de “A Grande Comissão”. Quero levantar aqui uma questão subjacente ao texto: O que deve ser pregado, afinal? A resposta inequívoca é: O Evangelho. Portanto, urge definirmos, à luz das Escrituras, o que seja o Evangelho. Será que o tem sido pregado em nossos púlpitos hoje em dia corresponde ao Evangelho em sua essência? Até que ponto a mensagem que pregamos não foi diluída, adulterada para que ficasse ao gosto do freguês?
Na contramão da Grande Comissão, encontramos o que poderíamos chamar de “o grande comichão”. Paulo fala de um “tempo em que não suportarão a sã doutrina; mas, tendo comichão nos ouvidos, cercar-se-ão de mestres, segundo as suas próprias cobiças; e se recusarão a dar ouvidos à verdade, voltando às fábulas” (2 Tm.4:3-4). Deixar algo são (sadio) por algo doentio é no mínimo uma insensatez. A doutrina apresentada no Evangelho produz pessoas sadias, tanto do ponto de vista emocional, quanto espiritual. Porém não é isto que temos visto em nossos dias, ou é? Por que grande porcentagem dos internos nos hospícios e manicômios é de origem evangélica? Somos resultado daquilo que comemos. Se nos alimentamos mal, nosso corpo sofre as conseqüências. Porém, nem tudo que nos apetece colabora com a nossa saúde. Imagine se os pais dessem aos filhos somente as guloseimas que eles apreciam? Nem que seja por imposição dos pais, as crianças têm que aprender a comer legumes, verduras, frutas, e tudo que lhes proporcionará uma saúde robusta agora e no futuro.
Esta simples equação resume o que chamamos de “A Grande Comissão”. Quero levantar aqui uma questão subjacente ao texto: O que deve ser pregado, afinal? A resposta inequívoca é: O Evangelho. Portanto, urge definirmos, à luz das Escrituras, o que seja o Evangelho. Será que o tem sido pregado em nossos púlpitos hoje em dia corresponde ao Evangelho em sua essência? Até que ponto a mensagem que pregamos não foi diluída, adulterada para que ficasse ao gosto do freguês?
Na contramão da Grande Comissão, encontramos o que poderíamos chamar de “o grande comichão”. Paulo fala de um “tempo em que não suportarão a sã doutrina; mas, tendo comichão nos ouvidos, cercar-se-ão de mestres, segundo as suas próprias cobiças; e se recusarão a dar ouvidos à verdade, voltando às fábulas” (2 Tm.4:3-4). Deixar algo são (sadio) por algo doentio é no mínimo uma insensatez. A doutrina apresentada no Evangelho produz pessoas sadias, tanto do ponto de vista emocional, quanto espiritual. Porém não é isto que temos visto em nossos dias, ou é? Por que grande porcentagem dos internos nos hospícios e manicômios é de origem evangélica? Somos resultado daquilo que comemos. Se nos alimentamos mal, nosso corpo sofre as conseqüências. Porém, nem tudo que nos apetece colabora com a nossa saúde. Imagine se os pais dessem aos filhos somente as guloseimas que eles apreciam? Nem que seja por imposição dos pais, as crianças têm que aprender a comer legumes, verduras, frutas, e tudo que lhes proporcionará uma saúde robusta agora e no futuro.
O mesmo se dá no que tange à pregação. Não podemos dar o que as pessoas querem ouvir, e sim o que elas precisam ouvir. O tal “comichão nos ouvidos” falado por Paulo é análogo à salivação que temos quando vemos um prato apetitoso. Por mais que saibamos o mal que aquilo nos faz, somos atraídos a ele, como que por um impulso suicida. Quer reunir uma multidão para lhe ouvir? Dê-lhes o que querem. Faça como Arão, que não resistiu à pressão popular enquanto seu irmão Moisés estava no monte recebendo as tábuas da Lei, e por conta isso, confeccionou-lhes um bezerro de ouro para que o adorassem. As pessoas sentem-se atraídas por certos discursos, principalmente quando acariciam seus egos ou alimentam suas fantasias. É como se as pessoas dissessem: Se há carícias ao meu ego e fantasias que me acalentem, então, fala que eu te escuto!
Quem resume o Evangelho a promessas de prosperidade está tão-somente atiçando a cobiça de seus ouvintes. Por isso tais igrejas estão lotadas. Há também os que recorrem às fábulas, sejam em forma de teorias de conspiração, ou mesmo, de anedotas para entreter os ouvintes, ou de promessas infundadas. Quanto mais fantasiosa a teoria ou a doutrina, “melhor”! A turma se esbalda…
Parece que as pessoas gostam de ser enganadas. Muitas são como os atenienses, que “de nenhuma outra coisa se ocupavam, senão de dizer e ouvir a última novidade” (At.17:21). Por isso, são presas fáceis destes mestres inescrupulosos, sobre os quais Pedro nos admoesta, dizendo que “muitos seguirão as suas dissoluções, e por causa deles será blasfemado o caminho da verdade”. E mais: “Por ganância farão de vós negócio, com palavras fingidas” (2 Pe.2:2-3a). Não sejamos ingênuos. Eles não querem apenas audiência e popularidade. Querem muito mais que isso! Almejam amealhar fortunas e construir seus impérios particulares. Tudo sob o pretexto de “ganhar almas”. A Grande Comissão tornou-se uma justificativa perfeita para sua agenda particular, e para isso, aproveitam-se do grande comichão que há nos ouvidos dos incautos. Se a fé vem pelo ouvir a Palavra de Deus, o fanatismo vem pelo ouvir um pouco de verdade diluída numa caixa d’água de mentiras e fantasias. A melhor coisa a fazer? Deixá-los falando sozinho.
Quem resume o Evangelho a promessas de prosperidade está tão-somente atiçando a cobiça de seus ouvintes. Por isso tais igrejas estão lotadas. Há também os que recorrem às fábulas, sejam em forma de teorias de conspiração, ou mesmo, de anedotas para entreter os ouvintes, ou de promessas infundadas. Quanto mais fantasiosa a teoria ou a doutrina, “melhor”! A turma se esbalda…
Parece que as pessoas gostam de ser enganadas. Muitas são como os atenienses, que “de nenhuma outra coisa se ocupavam, senão de dizer e ouvir a última novidade” (At.17:21). Por isso, são presas fáceis destes mestres inescrupulosos, sobre os quais Pedro nos admoesta, dizendo que “muitos seguirão as suas dissoluções, e por causa deles será blasfemado o caminho da verdade”. E mais: “Por ganância farão de vós negócio, com palavras fingidas” (2 Pe.2:2-3a). Não sejamos ingênuos. Eles não querem apenas audiência e popularidade. Querem muito mais que isso! Almejam amealhar fortunas e construir seus impérios particulares. Tudo sob o pretexto de “ganhar almas”. A Grande Comissão tornou-se uma justificativa perfeita para sua agenda particular, e para isso, aproveitam-se do grande comichão que há nos ouvidos dos incautos. Se a fé vem pelo ouvir a Palavra de Deus, o fanatismo vem pelo ouvir um pouco de verdade diluída numa caixa d’água de mentiras e fantasias. A melhor coisa a fazer? Deixá-los falando sozinho.
Hermes Fernandes
http://www.hermesfernandes.com/
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