24 de setembro de 2013

Você é politicamente correto? - parte 2

 
     Dando continuidade a essa "ideologia do bem", o que se visto nesta sociedade pós-moderna é um fascismo disfarçado que sorrateiramente tem aviltado a liberdade de expressão. Esses patrulhadores da linguagem tem se esmerado em dar novos sentidos e significados às palavras para que elas se apresentem diante de nós de maneira mais suave e menos "preconceituosa". São pessoas que advogam para si certa áurea angelical e de tão boas e honestas que são, conseguem novos adeptos deste movimento quase messiânico.         
       Esse fascismo moderno tem encontrado solo fértil aqui no Brasil e nos países latinos. Principalmente nos meios acadêmicos onde somos doutrinados dia após dia com esta corrente ideológica. Quem nunca ouviu nas salas de aula algum professor ridicularizar a religião cristã e enaltecer as vítimas que são oprimidas pelos cristãos intolerantes, fundamentalistas, homofóbicos, machistas, racistas, etc. 
         É óbvio que existem pessoas que se dizem cristãs que se enquadram perfeitamente nas descrições acima. Entretanto, o que ocorre é uma política de massas ( Ler o livro a rebelião das massas - José Ortega Y Gasset) que procura controlar as liberdades fundamentais em nome dos fracos e oprimidos. Será que não estamos vivendo uma nova forma de totalitarismo? A tática usada pelos intelectuais que estão no poder está dando certo. Cabe a nós que temos a mente de Cristo discernirmos a vontade do Senhor para não sermos ludibriados com pão e circo. Que o Senhor nos ilumine pelo seu Espírito! Amém. 

Marco Carvalho

14 de setembro de 2013

Você é Politicamente correto? - parte 1

          Atualmente temos visto nos meios de comunicação um grande apelo para aquilo que se chama de fazer o bem e ser politicamente correto. Nada contra fazer o bem. As escrituras já nos fala disso a mais de 2000 anos. Leiam em Tiago 4:17. Entretanto, existe uma corrente de pensamento que tem procurado se levantar com a bandeira dos fracos e oprimidos de plantão com o intuito de cercear qualquer manifestação (entenda-se pensamento) que seja contrário a ideologia dominante. Não estou dizendo que como cristãos não devamos lutar pelos que sofrem injustiças. Leiam os seguintes textos: Deut. 16:19; 2 Cr 19:7;Salmos 5.4; Salmos 11.5; Prov. 16.8; Jer. 22.13. Existem outras passagens bíblicas onde vemos Deus e seus profetas agindo contra a corrupção,a desigualdade social, a opressão, o suborno, etc. O que estou dizendo é o barateamento do debate público sobre ser politicamente correto.
      Vemos o politicamente correto se apresentando em diversas áreas do saber. Como devemos nos referir aos morros cariocas? De favela ou comunidade? Aqueles que não enxergam? De cego ou deficiente visual? Daquelas que praticam sexo sem compromisso? prostituta ou profissional do sexo? E os negros? De negrão ou afrodescendente? Só para citar alguns casos mais comuns. Alguns livros de nossa literatura (Monteiro Lobato- caçadas de Pedrinho) tem sido alvo de duras críticas por causa de sua conotação racista. Alguns sugeriram que ela fosse retirada das salas de aula. (Não seria isto uma nova ditadura - a dos direitos?). Porém, o tal direito só é direito quando é pronunciado pelos intelectuais da ideologia dominante. Porque quando é dita pelos "reacionários" é rotulada de fundamentalista, homofóbica, sexista, etc.
         Não estou defendendo os abusos, a falta de respeito e principalmente as piadas de mau gosto que alguns contam e que ofendem gratuitamente as pessoas. A liberdade pressupõe limites e bom senso pra tudo. O que não deve ocorrer é um cerceamento à opinião e a liberdade de consciência que são conquistas caras para a democracia. No próximo post continuamos essa conversa...

Marco Antônio Carvalho
Aquele, pois, que sabe fazer o bem e não o faz, comete pecado.
Tiago 4:17

3 de setembro de 2013

O fascismo do PT contra os médicos



  O PT está usando uma tática de difamação contra os médicos brasileiros igual à usada pelos nazistas contra os judeus: colando neles a imagem de interesseiros e insensíveis ao sofrimento do povo e, com isso, fazendo com que as pessoas acreditem que a reação dos médicos brasileiros é fruto de reserva de mercado. Os médicos brasileiros viraram os "judeus do PT".
Uma pergunta que não quer calar é por que justamente agora o governo "descobriu" que existem áreas do Brasil que precisam de médicos? Seria porque o governo quer aproveitar a instabilidade das manifestações para criar um bode expiatório? Pura retórica fascista e comunista. E por que os médicos brasileiros "não querem ir"?
A resposta é outra pergunta: por que o governo do PT não investiu numa medicina no interior do país com sustentação técnica e de pessoal necessária, à semelhança do investimento no poder jurídico (mais barato)?
O PT não está nem aí para quem morre de dor de barriga, só quer ganhar eleição. E, para isso, quer "contrapor" os bons cidadãos médicos comunistas (como a gente do PT) que não querem dinheiro (risadas?) aos médicos brasileiros playboys. Difamação descarada de uma classe inteira.
A população já é desinformada sobre a vida dos médicos, achando que são todos uns milionários, quando a maioria esmagadora trabalha sob forte pressão e desvalorização salarial. A ideia de que médicos ganham muito é uma mentira. A formação é cara, longa, competitiva, incerta, violenta, difícil, estressante, e a oferta de emprego decente está aquém do investimento na formação. Ganha-se menos do que a profissão exige em termos de responsabilidade prática e do desgaste que a formação implica, para não falar do desgaste do cotidiano. Os médicos são obrigados a ter vários empregos e a trabalhar correndo para poder pagar suas contas e as das suas famílias. Trabalha-se muito, sob o olhar duro da população. As pessoas pensam que os médicos são os culpados de a saúde ser um lixo.
Assim como os judeus foram o bode expiatório dos nazistas, os médicos brasileiros estão sendo oferecidos como causa do sofrimento da população. Um escândalo. É um erro achar que "um médico só faz o verão", como se uma "andorinha só fizesse o verão". Um médico não pode curar dor de barriga quando faltam gaze, equipamento, pessoal capacitado da área médica, como enfermeiras, assistentes de enfermagem, assistentes sociais, ambulâncias, estradas, leitos, remédios.
Só o senso comum que nada entende do cotidiano médico pode pensar que a presença de um médico no meio do nada "salva vidas". Isso é coisa de cinema barato. E tem mais. Além do fato de os médicos cubanos serem mal formados, aliás, como tudo que é cubano, com exceção dos charutos, esses coitados vão pagar o pato pelo vazio técnico e procedimental em que serão jogados. Sem falar no fato de que não vão ganhar salário e estarão fora dos direitos trabalhistas. Tudo isso porque nosso governo é comunista como o de Cuba. Negócios entre "camaradas". Trabalho escravo a céu aberto e na cara de todo mundo.
Quando um paciente morre numa cadeira porque o médico não tem o que fazer com ele (falta tudo a sua volta para realizar o atendimento prático), a família, a mídia e o poder jurídico não vão cobrar do Ministério da Saúde a morte daquele infeliz. É o médico (Dr. Fulano, Dra. Sicrana) quem paga o pato. Muitas vezes a solidão do médico é enorme, e o governo nunca esteve nem aí para isso. Agora, "arregaça as mangas" e resolve "salvar o povo".
A difamação vai piorar quando a culpa for jogada nos órgãos profissionais da categoria, dizendo que os médicos brasileiros não querem ir para locais difíceis, mas tampouco aceitam que o governo "salvador da pátria" importe seus escravos cubanos para salvar o povo. Mais uma vez, vemos uma medida retórica tomar o lugar de um problema de infraestrutura nunca enfrentado. Ninguém é contra médicos estrangeiros, mas por que esses cubanos não devem passar pelas provas de validação dos diplomas como quaisquer outros? Porque vivemos sob um governo autoritário e populista.

Luiz Felipe Pondé, pernambucano, filósofo, escritor e ensaísta, doutor pela USP, pós-doutorado em epistemologia pela Universidade de Tel Aviv, professor da PUC-SP e da Faap, discute temas como comportamento contemporâneo, religião, niilismo, ciência. Autor de vários títulos, entre eles, "Contra um mundo melhor" (Ed. LeYa). Escreve às segundas na versão impressa de "Ilustrada".

http://www1.folha.uol.com.br/colunas/luizfelipeponde/2013/09/1335414-o-fascismo-do-pt-contra-os-medicos.shtml