20 de novembro de 2012

DIA DA CONSCIÊNCIA NEGRA


           
            O "Dia da Consciência Negra" retrata a disputa pela memória histórica. Preservar a memória é uma das formas de construir a história. É pela disputa dessa memória, dessa história, que nos últimos 32 anos se comemora no dia 20 de novembro, o "Dia Nacional da Consciência Negra".
            Nessa data, em 1695, foi assassinado Zumbi, um dos últimos líderes do Quilombo dos Palmares, que se transformou em um grande ícone da resistência negra ao escravismo e da luta pela liberdade. Para o historiador Flávio Gomes, do Departamento de História da Universidade Federal do Rio de Janeiro, a escolha do 20 de novembro foi muito mais do que uma simples oposição ao 13 de maio: "os movimentos sociais escolheram essa data para mostrar o quanto o país está marcado por diferenças e discriminações raciais. Foi também uma luta pela visibilidade do problema. Isso não é pouca coisa, pois o tema do racismo sempre foi negado, dentro e fora do Brasil. Como se não existisse".
Como surgiu o Dia da Consciência Negra
            No dia 20 de novembro de 1695, o negro Zumbi, chefe do Quilombo dos Palmares, foi morto em uma emboscada na serra Dois Irmãos, em Pernambuco, após liderar uma resistência que culminou, também, com o início da destruição do Quilombo.
            O Quilombo dos Palmares foi uma comunidade criada pelos escravos que fugiam de seus senhores para viver em liberdade. Houve uma época em que o Quilombo abrigou mais de 20 mil pessoas. Zumbi nasceu no Quilombo, mas, ainda recém-nascido, foi capturado e entregue a um padre, que lhe deu o nome Francisco, o ensinou a ler e a escrever. Aos 15 anos de idade, o menino resolveu voltar ao Quilombo, onde, pouco tempo depois, tornou-se líder. Em 1995, após 300 anos de sua morte, Zumbi foi reconhecido como herói nacional.
            As rebeliões de escravos foram bastante frequentes no período colonial. Os negros fugidos escondiam-se na mata e organizavam-se em grupos, para sobreviver à hostilidade do ambiente e às investidas dos brancos. Os grupos, internamente coesos, recebiam o nome de quilombos e as aldeias que os compunham, de mocambos. O mais conhecido dos quilombos foi de Palmares, pois foi o que mais tempo durou (1630 -1695), o que ocupou maior área territorial (cerca de 400 km2 dos atuais estados de Pernambuco e Alagoas) e o que resistiu mais bravamente aos ataques dos brancos.
            Palmares se organizou como um verdadeiro Estado - com as estruturas dos estados africanos, onde cada aldeia tinha um chefe, os quais elegiam seu rei - e possuía um verdadeiro exército, além de fortificações em torno das aldeias, que deixaram os comandantes brancos admirados. Tinha uma produção agrícola bem avançada, que dava para a subsistência das aldeias e ainda produzia um excedente que podia ser negociado com mascates e lavradores brancos. No entanto, a própria existência de um Estado independente dentro da colônia era inaceitável para os portugueses, que consideravam Palmares como seu maior inimigo, depois dos holandeses.
            O primeiro rei de Palmares foi Ganga zumba, que comandou uma bem-sucedida resistência, repelindo dezenas de expedições dos brancos. Em 1678, assinou uma trégua com o governador Aires de Souza e Castro - atitude que dividiu o quilombo. Em consequência, Ganga zumba terminou por ser envenenado. Foi substituído por Zumbi que já era um líder respeitado e que se tornou o grande herói dos Palmares. Várias investidas foram feitas contra o quilombo: duas ainda sob o domínio Falar sobre o Dia da Consciência Negra nos faz parafrasear Patativa quando ele propõe o respeito às diferenças. Acreditamos que isto não deve ser encarado como concessão ou exceção a uma regra socialmente estabelecida, mas como o direito de igualdade em oportunidades entre os indivíduos.
            O dia 20 de novembro marca o assassinato do líder Zumbi dos Palmares, oficializado herói nacional, por ocasião do tricentenário de sua morte em 1996. Símbolo da resistência contra o racismo, a opressão e as desigualdades sociais. Marca da resistência dos povos contra o colonialismo, o imperialismo e o terrorismo em todo o mundo, sob todas as formas.
Construindo o "Dia da Consciência Negra"
            O dia 20 de novembro trata da data do assassinato de Zumbi, em 1665, o mais importante líder dos quilombos de Palmares, que representou a maior e mais importante comunidade de escravos fugidos nas Américas, com uma população estimada de mais 30 mil.
           Em várias sociedades escravistas nas Américas existiram fugas de escravos e formação de comunidades como os quilombos. Na Venezuela, foram chamados de cumbes, na Colômbia de palanques e de marrons nos EUA e Caribe. Palmares durou cerca de 140 anos: as primeiras evidências de Palmares são de 1585 e há informações de escravos fugidos na Serra da Barriga até 1740, ou seja, bem depois do assassinato de Zumbi. Embora tenham existido tentativas de tratados de paz os acordos fracassaram e prevaleceu o furor destruidor do poder colonial contra Palmares.
            Há 32 anos, o poeta gaúcho Oliveira Silveira sugeria ao seu grupo que o 20 de novembro fosse comemorado como o "Dia da Consciência Negra", pois era mais significativo para a comunidade negra brasileira do que o 13 de maio. "Treze de maio traição, liberdade sem asas e fome sem pão", assim definia Silveira o "Dia da Abolição da Escravatura" em um de seus poemas. Em 1971 o 20 de novembro foi celebrado pela primeira vez. A idéia se espalhou por outros movimentos sociais de luta contra a discriminação racial e, no final dos anos 1970, já aparecia como proposta nacional do Movimento Negro Unificado.
            A diversidade de formas de celebração do 20 de novembro permite ter uma dimensão de como essa data tem propiciado congregar os mais diferentes grupos sociais. "Os adeptos das diferentes religiões manifestam-se segundo a leitura de sua cultura, para dali tirar elementos de rejeição à situação em que se encontra grande parte da população afrodescendente”.
            Os acadêmicos e os militantes celebram através dos instrumentos clássicos de divulgação de idéias: simpósios, palestras, congressos e encontros; ou ainda a partir de feiras de artesanatos, livros, ou outras modalidades de expressão cultural. Grande parte da população envolvida celebra com samba, churrasco e muita cerveja", conta o historiador Andrelino Campos, da Faculdade de Formação de Professores, da Universidade do Estado do Rio de Janeiro.
            "É importante que se conquiste o "Dia da Consciência Negra" como o dia nacional de todos os brasileiros e brasileiras que lutam por uma sociedade de fato democrática, igualitária, unindo toda a classe trabalhadora num projeto de nação que contemple a diversidade engendrada no nosso processo histórico".
            Para o historiador Flávio Gomes, do Departamento de História da Universidade Federal do Rio de Janeiro, a escolha do 20 de novembro foi muito mais do que uma simples oposição ao 13 de maio: "os movimentos sociais escolheram essa data para mostrar o quanto o país está marcado por diferenças e discriminações raciais. Foi também uma luta pela visibilidade do problema. Isso não é pouca coisa, pois o tema do racismo sempre foi negado, dentro e fora do Brasil. Como se não existisse".

            O projeto neoliberal implantado em nosso país acirra as desigualdades, afetando, ainda mais, as parcelas menos favorecidas da população brasileira. Em pesquisa realizada pelo DIEESE (1998) são apresentadas informações que comprovam a discriminação à população negra, tomando por base as regiões metropolitanas.

Referências bibliográficas:

ACDS – Associação Cultural e Desportiva Samburá
DIEESE - Reportagem da revista Com Ciência, editada pela Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência, SBPC

Autoria: Marcos Júlio Lyra
http://www.coladaweb.com/cultura/dia-da-consciencia-negra

5 de novembro de 2012

O QUE SIGNIFICA SER PASTOR(A) PRA VOCÊ?


            É lamentável assistirmos o que anda acontecendo no evangelicalismo brasileiro. Se já não bastasse às distorções do evangelho, temos que ouvir as bobagens ditas pela boca daqueles que são referência no meio evangélico. Parece que está faltando discernimento e bom senso entre os cristãos nas igrejas. Não é possível ouvirmos o absurdo que esta popstora diz sobre o ministério pastoral e acharmos graça conforme acontece na plateia.
            O que ela diz é a coisa mais absurda, desrespeitosa, preconceituosa e anti-bíblica que já ouvi. O que ela precisa de fato é ler a palavra de Deus e compreender o que significa realmente ser pastor(a). Se ministério pastoral para a Ana Paula Valadão é definido pelo porte físico, coitado do apóstolo Paulo que teve diversas privações de alimento por amor ao evangelho de Cristo conforme podemos ler em Fl. 4:12b “...tanto de fartura como de fome”. Porém, para a popstora este texto não deve fazer parte de sua bíblia, mas ele está lá meus queridos irmãos(ãs) e não podemos deixar de anunciar todo o conselho de Deus conforme está escrito em Atos 20:27 “porque jamais deixei de vos anunciar todo o desígnio de Deus”.
            O ministério pastoral é descrito de diversas formas nas escrituras, porém, nunca iremos encontrar a tolice que a Ana Paula Valadão disse. Iremos encontrar algumas figuras bíblicas que mostram para nós o sentido de ser pastor(a). Vou listar algumas:

·         OBREIRO – 2 Tm. 2:15 “Procure apresentar-se a Deus aprovado, como obreiro que não tem do que se envergonhar e que maneja bem a palavra da verdade”.

·         LAVRADOR – 2 Tm. 2:6 “O lavrador que trabalha arduamente deve ser o primeiro a participar dos frutos da colheita”.

·         SOLDADO – 2 Tm. 2:3,4 “Suporte comigo os meus sofrimentos, como bom soldado de Cristo Jesus. Nenhum soldado se deixa envolver pelos negócios da vida civil, já que deseja agradar aquele que o alistou”.

·         CONSTRUTOR – 1 Co 3:10 “Conforme a graça de Deus que me foi concedida, eu, como sábio construtor, lancei o alicerce, e outro está construindo sobre ele. Contudo, veja cada um como constrói”.

            De acordo com estes textos podemos entender que ser pastor(a) é algo muito mais relevante do que ter uma barriga tanquinho e ser sarado.  Na bíblia, ser pastor(a) é algo nobre e honroso. (1ª Tm 3:1) “Se alguém aspira ao ofício de bispo, o mesmo deseja uma obra nobre”. Existem muito mais textos e figuras bíblicas para descrever o ofício pastoral. Entretanto, não iremos encontrar nenhuma recomendação apostólica ou do senhor Jesus afirmando que pessoas fora do peso não podem pastorear e liderarem o rebanho de Cristo.

            Não conheço pessoalmente a Ana Paula Valadão, mas, não posso deixar de refutá-la biblicamente. Não podemos nos calar diante do que ela e outros pospstores dizem por causa da $nção que eles próprios dizem ter.  A palavra de Deus precisa ser anunciada CusteoQueCustar.

            Na história do cristianismo iremos encontrar grandes personagens bíblicos que estavam fora do peso como: Moody, Lutero, Spurgeon entre outros. Porém, estes e outros foram gigantes na fé, na pregação bíblica e no amor por Cristo Jesus. Que Deus tenha misericórdia e que levante homens e mulheres que tenham compromisso com as escrituras e não com modismos gerados pela mídia consumista.

Marco Carvalho